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Terceiro dia: 25 de Outubro

Mesa Redonda II - Vacinologia e Futuras Pandemias

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Doenças Infectocontagiosas
Palestrante: 

Em breve

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Vacinas Recombinantes
Palestrante: Profa. Dra. Luciana Cezar de Cerqueira Leite

Nova vacina contra tuberculose humana e bovina

Uso da estratégia do BCG recombinante para o desenvolvimento de vacina aprimorada contra tuberculose. Serão apresentados resultados de construção da vacina, prova de eficácia e investigação dos mecanismos de proteção.

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Protótipos de Vacinas de RNA
Palestrante: Prof. Dr. Akira Homma

 A vacinologia engloba todas as atividades relacionadas com o desenvolvimento de uma vacina, seu uso e a erradicação de uma doença. A prevenção de doenças já existia no século XV, com a variolização, método desenvolvido pelos chineses para prevenir a varíola. A primeira vacina, justamente contra a varíola, foi descoberta em 1796 por Edward Jenner. Posteriormente, em 1881, Louis Pasteur desenvolveu novas vacinas, como as da cólera aviária, antraz e raiva.

A importância do binômio Vacinas & Vacinação ganhou destaque e muitas novas vacinas foram descobertas. Atualmente, mais de 30 vacinas são utilizadas para prevenir doenças em crianças, adolescentes, adultos e idosos. Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, as vacinas foram desenvolvidas de forma emergencial. A vacina de mRNA foi produzida em menos de um ano, representando um novo paradigma, já que tradicionalmente o desenvolvimento de uma vacina levava de 10 a 15 anos. Em 2022, a CEPI (Coalition for Epidemic Preparedness Innovations) lançou o programa "100 dias para desenvolver uma vacina", reforçando a estratégia de acelerar esse processo, especialmente para prevenir novas pandemias. A tecnologia de mRNA, por sua simplicidade, versatilidade e rapidez, está sendo utilizada tanto no aperfeiçoamento das vacinas já existentes quanto no desenvolvimento de novas. Existem diversos protótipos de vacinas de mRNA voltados à melhoria de imunizantes já disponíveis, como os da influenza, raiva, malária, dengue, VSR, tuberculose e HPV, bem como para o desenvolvimento de vacinas inéditas contra HIV, Zika, citomegalovírus, herpes simplex, câncer e outras doenças. A preparação para futuras pandemias é outro enorme desafio. A Vigilância Epidemiológica precisa ser fortalecida, com a adoção da estratégia “Um Mundo” (One World), que integra o meio ambiente, os animais e as aves. Devido à complexidade e às dificuldades envolvidas, essa será uma missão desafiadora. Outro obstáculo importante é a produção rápida da chamada vacina X. Para isso, diferentes plataformas tecnológicas devem estar previamente preparadas, de modo a evitar perdas de tempo, e é essencial garantir acesso equitativo às vacinas para todas as populações.

No dia 20 de maio último, a 78ª Assembleia Mundial da Saúde aprovou, após mais de três anos de negociações intensivas, o primeiro Acordo sobre Pandemias, mesmo sem a participação dos Estados Unidos. O acordo se baseia na colaboração, parcerias e na troca de informações e materiais necessários para o controle de epidemias, com o objetivo de evitar uma nova pandemia. Trata-se de um avanço significativo e um importante passo para tornar o mundo mais seguro frente a futuras ameaças sanitárias. A vacinologia também inclui as operações de vacinação, que devem buscar altas coberturas vacinais. Um indivíduo vacinado recebe proteção individual e, quando a cobertura vacinal é elevada, obtém-se a chamada proteção coletiva ou de “rebanho”, que impede a circulação do agente causador e leva à sua eliminação. A varíola foi erradicada globalmente. A poliomielite, o sarampo (que, no entanto, voltou a circular) e a rubéola foram eliminadas no Brasil. São milhões de vidas infantis e de toda a população salvas graças às vacinas e à vacinação. Seu valor para a Saúde Pública é inestimável.

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